Canções de interior no Unimúsica Témpano América
Interior não quer dizer provinciano. Atribuir o adjetivo “de interior” às canções dos argentinos Carlos Aguirre e Sebastián Macchi diz muito sobre a forma como transitam e enxergam o mundo. Aliás, é de forma muito cosmopolita, no sentido de contemporaneidade, por mais que se situem por experiência de vida lejos das metrópoles.
Vindos da província de Entre Rios na Argentina, valorizam o fato de residirem entre Brasil, Uruguai e Paraguai, e no encontro de águas. Assim, situam-se poeticamente em uma cultura ribeirinha, que tematiza boa parte de suas canções, e soam com influência da grande região transfronteiriça guarani, aludindo à ambiência dos coros indígenas e a um temperamento tranquilo e resoluto.
Os dois compositores apresentaram-se no Unimúsica no último dia 10 de setembro em Porto Alegre. Acompanhados do baterista e percussionista Gonzalo Díaz, formaram um trio que em alguns momentos aproveitava a complementaridade e virtuosismo de cada um (com Aguirre no baixo e Sebastián ao piano) para improvisar temas instrumentais. Mas a tônica do show foi a canção, com o acompanhamento enredado de arranjos que exploram bem os timbres.
Seus modos de entoar as canções é manso, baixinho, cool. As harmonias ora arpejadas ao violão soam como Toninho Horta (um dos grandes nomes do Clube da Esquina mineiro), ora ao piano remetem ao estilo do carioca Ivan Lins. A bateria e percussão de Gonzalo Díaz é jazzística, equilibrada entre o free style e a escolha de timbres bem colocados em ritmos tradicionais. Sebastián Macchi é um compositor de exuberância nas texturas acústicas e melodias enternecedoras. Carlos Aguirre, após uma primeira parte contido em um contrabaixo minimalista, exibiu ao violão toda sua contundência e sensibilidade como cantautor.
A apresentação do trio argentino no Unimúsica, série Témpano América, proporcionou uma viagem por caminhos mais de dentro do continente. Com água de rio e terra vermelha. Com introspecção profunda. Coisas que só no interior mesmo!
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Seus modos de entoar as canções é manso, baixinho, cool. As harmonias ora arpejadas ao violão soam como Toninho Horta (um dos grandes nomes do Clube da Esquina mineiro), ora ao piano remetem ao estilo do carioca Ivan Lins. A bateria e percussão de Gonzalo Díaz é jazzística, equilibrada entre o free style e a escolha de timbres bem colocados em ritmos tradicionais. Sebastián Macchi é um compositor de exuberância nas texturas acústicas e melodias enternecedoras. Carlos Aguirre, após uma primeira parte contido em um contrabaixo minimalista, exibiu ao violão toda sua contundência e sensibilidade como cantautor.
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