Satélite espacial cai na orla do Guaíba em plena Semana Farroupilha
A curadora da 9ª Bienal do Mercosul segue surpreendendo. Depois de convocar os presentes ao lançamento oficial em maio no Theatro São Pedro a receberem uma mensagem telepática desde Buenos Aires, Sofía Hernandéz Chong Cuy anunciou uma notícia bombástica na manhã de hoje em evento para a imprensa.
Disse que um satélite caiu na orla do Lago Guaíba, na capital, em frente ao Acampamento Farroupilha, em plena semana do 20 de Setembro. Não há ainda informações sobre a procedência do artefato de comunicação espacial. Mas uma fonte revelou que os cavalos teriam se assustado. A curadora garantiu que o megaevento de arte contemporânea irá se apropriar do sítio para investigação e exibição ao público curioso.
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Pude checar o tal sítio onde os escombros se encontram e confirmar a informação. Há mesmo um satélite caído no local! Veja a foto ao lado.
O factóide, fictício e genial, é obra inédita da polonesa Aleksandra Mir, um dos 59 artistas participantes da Bienal. A construção gigantesca de aproximadamente 20 metros de comprimento é feita de material industrial descartado coletado em fábricas locais.
Mas desfeita a fantasia, vamos insistir na poética deste fato. Deixemos de tomá-lo como notícia e passemos a tratá-lo como feito artístico. Não haveria forma mais certeira de iniciar um evento de arte contemporânea em Porto Alegre do que lançar um satélite espacial extraviado “no meio” do Acampamento Farroupilha. Pois, para uma bienal que traz consigo o sobrenome “do Mercosul” desde a criação e que agora casou com a cidade-sede e incorporou “Porto Alegre” ao nome, a preocupação com a questão local está latente.
A metáfora da comunicação global, intrínseca ao satélite, vira sucata na terra. Ou será que esta rara evidência palpável da Era Espacial é que dá um choque de realidade em nossa tradição local imaginária?
Leia sobre o gaúcho que laçou um avião:
9ª Bienal do Mercosul - porto-alegridad
*este blogueiro participou do evento da 9ª Bienal do Mercosul a serviço da Fundação Cultural Piratini, realizando cobertura para o programa Estação Cultura, da TVE-RS.
Disse que um satélite caiu na orla do Lago Guaíba, na capital, em frente ao Acampamento Farroupilha, em plena semana do 20 de Setembro. Não há ainda informações sobre a procedência do artefato de comunicação espacial. Mas uma fonte revelou que os cavalos teriam se assustado. A curadora garantiu que o megaevento de arte contemporânea irá se apropriar do sítio para investigação e exibição ao público curioso.
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O factóide, fictício e genial, é obra inédita da polonesa Aleksandra Mir, um dos 59 artistas participantes da Bienal. A construção gigantesca de aproximadamente 20 metros de comprimento é feita de material industrial descartado coletado em fábricas locais.
Mas desfeita a fantasia, vamos insistir na poética deste fato. Deixemos de tomá-lo como notícia e passemos a tratá-lo como feito artístico. Não haveria forma mais certeira de iniciar um evento de arte contemporânea em Porto Alegre do que lançar um satélite espacial extraviado “no meio” do Acampamento Farroupilha. Pois, para uma bienal que traz consigo o sobrenome “do Mercosul” desde a criação e que agora casou com a cidade-sede e incorporou “Porto Alegre” ao nome, a preocupação com a questão local está latente.
A metáfora da comunicação global, intrínseca ao satélite, vira sucata na terra. Ou será que esta rara evidência palpável da Era Espacial é que dá um choque de realidade em nossa tradição local imaginária?
9ª Bienal do Mercosul - porto-alegridad
*este blogueiro participou do evento da 9ª Bienal do Mercosul a serviço da Fundação Cultural Piratini, realizando cobertura para o programa Estação Cultura, da TVE-RS.
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