Fabulário carregado de tinta


Em reportagem publicada hoje no Jornal do Comércio de Porto Alegre, resgato a trajetória da artista visual Ruth Schneider, de Passo Fundo (RS). Além de uma história de vida fascinante e de uma obra impressionante, chama atenção a influência de Ruth no imaginário da cidade natal, revisitando um dos lugares mais emblemáticos de sua história, o Cassino da Maroca.

Leia aqui a reportagem do Jornal do Comércio.

Abaixo, um trecho da matéria:

Sobre a série do cassino, um prostíbulo luxuoso que marcou a sociedade passo-fundense em meados do século XX, Ruth escreveu: "Meus desenhos sempre foram de mulheres sedutoras e coisas engraçadas provenientes das palhaçadas do Seu Antão". Referia-se às histórias que o padrasto contava sobre a zona do meretrício, que inspiraram sua obra. "Seu Antão tinha um carro na praça, e apareciam aqueles homens a sua procura, pareciam os italianos da máfia, de preto e chapéu, com manta envolvida no pescoço, sapatos de bico fino, e as mulheres envolvidas nos seus casacos de pele", recorda.

Durante a apuração da reportagem, descobri que havia sido gravado um documentário em 2000 sobre o Cassino da Maroca. Nele consta um depoimento histórico de Ruth Schneider e de outras fontes. Vale a pena assistir à produção de alunos da Faculdade de Artes e Comunicação da UPF, resgatada e publicada no YouTube:


A seguir, imagens produzidas e colhidas durante a apuração da reportagem:

Cartaz de divulgação de exposições da artista na Escócia, em 1995.

Da série Cassino da Maroca, de Ruth Schneider (Reprodução: Fabiana Beltrami/Mavrs)

Museu de Artes Visuais Ruth Schneider

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