A um passo de qualquer lugar
Musicalmente, a vida é uma sucessão de peças de andamentos sortidos, categorizadas em prelúdios, concertos, fugas, e o que mais couber entre a arte e a tradução dos dias.
Em que clave andamos, ponteando semifusas ou glissando semibreves, só sabemos quando uma melodia sintetiza momentaneamente, talvez letrada, o que guardamos íntimo.
E há apoteose maior que externarmos a síntese precisa da emoção?
Às vezes o disco risca, pra nos prender num compasso gago.
Noutras, ouvimos uma canção reminiscente que nos impregna até as narinas de passado.
O nirvana é compor uma canção pra criar asas que num belo dia irão pousar de volta em nossa janela, ressonando a verdade, re-arranjada.
É o que sinto hoje em relação à música “A um passo de qualquer lugar”. Trata-se de uma parceria com o amigo Eliézer Machado Aires (ator de uma sensibilidade orquestral, continuamente surpreendente - mesmo aos ouvidos conhecidos).
A inspiração foi a cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, onde morávamos e iríamos encenar um musical regionalista com pretensões de vanguarda, em 2005 (Passo Contemporâneo - Do Fundo do Quintal do País).
Hoje vivendo em Brasília, surpreendi-me assoviando suas notas e entendendo o que faço no mundo, no compasso que soa.
A um passo de qualquer lugar
(Eliézer Machado Aires/João Vicente Ribas)
Passagem pra chegar onde se quer
Parada de corações ciganos
Aqui, chega gente de qualquer lugar
Daqui vou pra onde a rosa apontar
Passo fundo na memória
Minha paixão
Achei razões neste caminho
Algum motivo pra ficar
Ou pra partir
O nosso amor é teatino
A um passo de encontrar alguém
A um passo de me apaixonar
A um passo de qualquer lugar.
Em que clave andamos, ponteando semifusas ou glissando semibreves, só sabemos quando uma melodia sintetiza momentaneamente, talvez letrada, o que guardamos íntimo.
E há apoteose maior que externarmos a síntese precisa da emoção?
Às vezes o disco risca, pra nos prender num compasso gago.
Noutras, ouvimos uma canção reminiscente que nos impregna até as narinas de passado.
O nirvana é compor uma canção pra criar asas que num belo dia irão pousar de volta em nossa janela, ressonando a verdade, re-arranjada.
É o que sinto hoje em relação à música “A um passo de qualquer lugar”. Trata-se de uma parceria com o amigo Eliézer Machado Aires (ator de uma sensibilidade orquestral, continuamente surpreendente - mesmo aos ouvidos conhecidos).
A inspiração foi a cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, onde morávamos e iríamos encenar um musical regionalista com pretensões de vanguarda, em 2005 (Passo Contemporâneo - Do Fundo do Quintal do País).
Hoje vivendo em Brasília, surpreendi-me assoviando suas notas e entendendo o que faço no mundo, no compasso que soa.
A um passo de qualquer lugar
(Eliézer Machado Aires/João Vicente Ribas)
Passagem pra chegar onde se quer
Parada de corações ciganos
Aqui, chega gente de qualquer lugar
Daqui vou pra onde a rosa apontar
Passo fundo na memória
Minha paixão
Achei razões neste caminho
Algum motivo pra ficar
Ou pra partir
O nosso amor é teatino
A um passo de encontrar alguém
A um passo de me apaixonar
A um passo de qualquer lugar.
Não é raro o dia em que me surpreendo cantando essa música...
ResponderExcluirMeu pago
Lado a lado
Abraços
pois é...
ResponderExcluiresse nosso amor teatino muda o pago mas não muda o (com)passo!
Até que nem tão despido assim.
ResponderExcluir;)
Passo Fundo cosmopolita por natureza.
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