Quando se permitem aglomerações poéticas













Desta vez produzi uma reportagem especial para o Jornal do Comércio sobre a proliferação da cultura do slam poetry no sul do Brasil. Na matéria, trouxe a cobertura da última batalha de poesia realizada em 2020 antes das medidas de isolamento social que vigem. Contei a história desta cultura urbana emergente, com depoimentos de diversos poetas.

Lei aqui a reportagem completa no Jornal do Comércio.

"Se pudessem, poetas de todos os cantos estariam se aglomerando nas praças. Protagonizariam batalhas líricas, acompanhadas e julgadas por um público espontâneo. Seus versos denunciariam desigualdades sociais e ecoariam nos prédios em volta. Mas as aglomerações estão suspensas. Em tempos de isolamento social, devido às medidas de prevenção à pandemia do novo coronavírus, não há poesia que se permita em via pública. Nada de agrupamentos, nem mesmo os poéticos, em quaisquer ágoras do Brasil.

Parece um devaneio pensar que, se a circulação de pessoas voltasse hoje à normalidade cotidiana, haveria alguém fazendo poesia na rua. Recitando versos ali na Praça XV, por exemplo, no centro de Porto Alegre. No entanto, se observarmos a cena de slam poetry que vinha tomando conta das grandes cidades, principalmente desde 2017, pode-se apostar que sim."

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Abaixo, a performance do poeta Felipe Deds, uma das fontes consultadas na reportagem sobre os slams.



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