Saudades do rincão
Fico sensibilizado nesta época, em que a Semana Farroupilha se estende por todo o sul do Brasil e não respinga uma gota de seus temporais intermináveis aqui no centro do país. Quedo-me seco, sem ouvir uma acordeona gritona que vare a madrugada, ou uma criança que declame afoita com voz pequena e empostada com a ajuda dos braços de gesticulação ensaiada.
É estranho passar em branco o mês de setembro no quesito bagualice. Aqui de Brasília, tento aguçar os sentidos para sentir algum cheiro de bosta de cavalo, em vão. O que consola é lembrar que o espírito farrapo nos acompanha onde se ande, apesar da falta do circo para desempenhá-lo.
Entonces, ligarei meu laptop pra baixar uma vanera na mula virtual, obrigando os vizinhos da quitenete a cultivarem a tradição musical. Vestirei alpargatas pra andar no asfalto e bombachas novas pra brigar na portaria de algum tribunal. Também fincarei um espeto, pra ensinar o povo a assar carne como manda a cartilha, no canteiro do Eixo Monumental.
Findo o domingo e passado o lapso de gauchismo, voltarei apenas a tomar chimarrão e a falar tu, para vocês.
Obs.: a ilustração é do amigo Marceleza (saiba mais aqui).
Muito bom Joãozinho!!!
ResponderExcluirSaudades de ti.
Beijos... Dani.
Sobrinho JV. Não se desespere por isto. Aí no Planalto Central tá cheio de CTG,s e baguais de todos os recandos deste nosso Rio Grande Amado. Te recomendo ir em direção BSB à Unaí - MG encontrarás um CTG no fim do DF. Os Gauchinhos estarão lá com o Fogo e a Chama Crioula acessa e os Baguais atados nos Palanques pra não voltarem ao Rio Grande Amado.
ResponderExcluirUm Grande Abraaço do seu Tio JC.
Mano véio
ResponderExcluirSaudades de rincao?
Venha nos visitar entáo, todo povo de Passo Fundo está perguntando de ti, volte para vernos!
Abraço
Muito legal o texto...
ResponderExcluirNas lembranças a demosntração que a tradição de um povo, mesmo distante de seu ambiente de origem está presente.
A valorização da cultura de um povo é tão raro atualmente, que situações como está do Prof° João Vicente, DESENHA em nossas mentes o sentimento de saudade e apego a nossa história. Como é bonito ler esse orgulho de ser Gaúcho.
Eu Baiana, vivi 4 anos distânte da minha terra...e para matar a saudade, tinha nas mãos o dom de cozinhar uma boa moqueca de peixe com camarão regado a dendê.
Bom seria se todos pudessem demonstrar esse carinho à sua cultura, à suas tradições, ao seu povo!
Parabéns pela inspiração!
saiu pela culatra...
ResponderExcluirdesculpe aí, pessoal
tentarei ser mais explícito da próxima vez. hehe